1871 - 1918
Franziska (Fanny) zu Reventlow, escritora e tradutora, nasceu em 18 de maio de 1871 em Husum, Alemanha. Foi a quarta filha da condessa imperial zu Rantzau e do conde Ludwig zu Reventlow, mas se rebelou contra sua criação aristocrática e o papel da mulher estipulado pela sociedade de se dedicar apenas a tarefas domésticas e a cuidar dos filhos. Desde jovem, ela queria ser livre e seu sonho era tornar-se pintora. Ao atingir a maioridade, ela se afastou de sua família para estudar pintura em Munique.
Franziska tinha um estilo de vida boêmio, não convencional e se envolveu no cenário artístico e intelectual de Schwabing, um distrito de Munique. No entanto, enfrentou problemas financeiros, já que a liberdade, que tanto almejava, tinha seu custo. Para se sustentar, ela teve trabalhos temporários, traduziu obras de Marcel Prévost, de Guy de Maupassant, e Anatole France, por exemplo, e trabalhou como modelo de luxo e escrevendo. Seus romances e contos contêm frequentemente elementos autobiográficos.
Como uma mulher independente, questionadora e com sua escrita ousada e provocadora, Franziska deixou um importante legado para o movimento feminista no início do século XX na Alemanha e inspirou escritoras ao expressar ideias desafiadoras para a sociedade conservadora da época. Retratou personagens marginalizados e abordou temas que desafiavam as normas sociais da época como feminismo, amor livre, questões de gênero, entre outros.
Com seu companheiro, Bohdan von Suchocki e seu pequeno filho, Rolf, ela viveu em uma república, mas se mudou para a Suíça depois que se separaram.
Em 27 de julho de 1918, aos 47 anos, ela faleceu em Muralto, no Cantão Tessino, na Suíça.
Obras (seleção):
Das Männerphantom der Frau (1898) (O fantasma masculino da mulher)
Ellen Olestjerne. Eine Lebensgeschichte (1903) (Ellen Olestjerne. Uma história de vida)
Herrn Dame’s Aufzeichnungen oder Begebenheiten aus einem merkwürdigen Stadtteil (1913) (Anotações do Sr. Dame ou Episódios de um bairro estranho)
Der Geldkomplex (1916) (O Complexo do Dinheiro)
Como tradutora de Marcel Prèvost (dentre outros) do francês para o alemão:
Starke Frauen (Les Vierges fortes) – 1900 (Mulheres fortes)
Unter uns Mädchen (Lettres de femmes) – 1900 (Entre nós, meninas)
Liebesbeichte (La Confession d’un amant) – 1908 (Confissões amorosas)
Fonte:
Deutsches Literatur-Lexikon vol. 12, Francke Verlag Bern und Stuttgart, 1990.
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Aqui você encontra o conto "A Morte".